sexta-feira, 26 de outubro de 2012

POEMA DA GRATIDÃO


Senhor Jesus, muito obrigada!
Pelo ar que nos dás,
Pelo pão que nos deste,

Pela roupa que nos veste,
Pela alegria que possuímos,
Por tudo de que nos nutrimos. 

Muito obrigada, pela beleza da paisagem,
Pelas aves que voam no céu de anil,
Pelas Tuas dádivas mil! 

Muito obrigada, Senhor!
Pelos olhos que temos...
Olhos que vêm o céu, 
que vêm a terra e o mar,
Que contemplam toda beleza!
Olhos que se iluminam de amor
Ante o majestoso festival de cor
Da generosa Natureza! 

E os que perderam a visão?
Deixa-me rogar por eles
Ao Teu nobre Coração!
Eu sei que depois desta vida,
Além da morte,
Voltarão a ver com alegria incontida...

Muito obrigada pelos ouvidos meus,
Pelos ouvidos que me foram dados por Deus.
Obrigada, Senhor, porque posso escutar
O Teu nome sublime, e, assim, posso amar.
Obrigada pelos ouvidos que registam:
A sinfonia da vida,
No trabalho, na dor, na lida...
O gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro,
As lágrimas doridas do mundo inteiro
E a voz longínqua do cancioneiro... 

E os que perderam a faculdade de escutar?
Deixa-me por eles rogar...
Eu sei que no Teu Reino voltarão a sonhar. 

Obrigada, Senhor, pela minha voz.
Mas também pela voz que ama,
Pela voz que canta,
Pela voz que ajuda,
Pela voz que socorre,
Pela voz que ensina,
Pela voz que ilumina...
E pela voz que fala de amor,
Obrigada, Senhor!

Recordo-me, sofrendo, daqueles
Que perderam o dom de falar
E o teu nome sequer podem pronunciar!...
Os que vivem atormentados na afasia
E não podem cantar nem à noite, nem ao dia...
Eu suplico por eles
Sabendo que mais tarde,
No Teu Reino, voltarão a falar. 

Obrigada, Senhor, por estas mãos, que são minhas
Alavancas da ação, do progresso, da redenção.
Agradeço pelas mãos que acenam adeuses,
Pelas mãos que fazem ternura,
E que socorrem na amargura;
Pelas mãos que acarinham,
Pelas mãos que elaboram as leis
E pelas que as feridas cicatrizam
Retificando as carnes partidas,
A fim de diminuírem as dores de muitas vidas!
Pelas mãos que trabalham o solo,
Que amparam o sofrimento estancam lágrimas,
Pelas mãos que ajudam os que sofrem,
Os que padecem...
Pelas mãos que brilham nestes traços,
Como estrelas sublimes fulgindo nos meus braços!

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