terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Incertezas da vida

Às vezes o destino nos chega com tanta intensidade, pregando peças com requintes de crueldade, nos pega desprevenidos e nos engana com falsas verdades.

Às vezes trocamos o certo pelo duvidoso por nos parecer certo

Às vezes optamos por deixar de lado um sentimento verdadeiro por um falso, mas que de tão falso parece mais verdadeiro.

Trocamos nosso ouro por pedras de vidro, iludidos que estamos acreditando serem diamantes.

Fazemos escolhas todos os dias, certas e erradas, mas só o tempo nos mostra suas verdades. E elas chegam, cedo ou tarde, mas sempre chegam.

Às vezes chegam como tapas a esbofetear nosso rosto para que acordemos da ilusão que nos fechava os olhos. Às vezes mansa devagar, sorrateira e nos apunhala pelas costas.

A verdade dói? Sim, por vezes dói, mas ainda é melhor que a ilusão que nada acrescenta.

Mas há quem prefira viver de mentiras e ilusões a encarar a verdade.

Porém, um dia, sem que se perceba ao certo, máscaras caem, a verdade aparece de qualquer jeito e para todos. Com ela o arrependimento pelas escolhas erradas que fizemos.

Nesse dia percebemos que abrimos mão do amor, do carinho e de amizades verdadeiras em troca de falsas palavras e falsos sentimentos.

E quando perdemos tudo de real e verdadeiro que temos o falso mostra sua cara com um riso sarcástico a dizer; “consegui”!

A gentileza da lugar a hostilidade, a paciência da lugar a intolerância, a procura da lugar a inconstância, a companhia da lugar a solidão e o falso amor da lugar ao desprezo e ao vazio. Pois que já não tem mais nada a destruir, mais nada a conquistar e mais ninguém pra duelar e perde a graça.

E é nesse momento, quando a solidão total nos abraça, que olhamos pra trás, inevitavelmente. E vemos tudo que perdemos, todo amor verdadeiro que deixamos de dar e de ganhar, tudo que nos fazia bem e que era sincero tudo e todos a quem viramos as costas.

É ai que o desespero nos toma e queremos voltar, mas para muitas dessas coisas já é tarde, muito tarde... Quanto mais corremos de volta, mais longe nos parecem.

Um dia depois do outro... É nisso que se resume a nossa vida, a nossa existência. Percebemos tarde demais certas coisas e já não há mais tempo... Nem esperança... Nada mais...

(G.G.)

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